quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Muda

Eu mudo a roupa, o sapato
Compro mil sapatos novos
Só não consigo mudar de você

Mudo a maquiagem
o brinco, o colar
Só não consigo mudar de você

Mudo o livro, o filme
O canal da televisão
A estação de rádio
Mas ainda não sei mudar de você

Eu mudo de assunto
De estado, de cidade
Mudo de mundo!
E só não consigo mudar de você

Mudo de amigo, de língua
De abraço, de braços
Mudo de olhares, de ares
Mudo de prosa, caio no verso
E não consigo mudar de você

Muda

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Gente como eu

" Se ele não disser 'sim' depois dessa vez, desiste, né?!" Não! Gente feita do que eu sou feita não desiste nem depois do zilionésimo "não" elevado à enésima potência. Gente como eu não joga a toalha nem por todos os "nãos" do mundo, pois se na "porragésima" tentativa der certo, a alegria que chega será suficiente para apagar todo o amargor deixado pelas anteriores.

Gente como eu, meu caro, tem muito amor gritando no peito, muito carinho escapando pelas mãos e, obviamente, nenhuma vergonha na cara ou juízo na cabeça. É, Jabour, concordo contigo, "antes idiota que infeliz".

domingo, 26 de dezembro de 2010

Notas IV

Você percebe que as coisas realmente vão mal quando se vê às três da manhã com uma jarra de suco de manga do lado, uma tigela de cereal cru e cantando uma coletânea dos maiores sucessos de Leo Magalhães, Reginaldo Rossi, Zezé de Camargo e Luciano, e Bruno e Marrone.

sábado, 25 de dezembro de 2010

"- Um anjo? Ela é mulher! E mulheres são falsas e cheias de sortilégios!"
- Que são sortilégios?
- Não sei, mas se vem delas não pode ser algo bom!"

Adaptado de "A Branca de Neve e os sete anões"

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Notas III

Ela passou do meu lado
"Oi, amor." - eu lhe falei
"Você está tão sozinha."
Ela então sorriu pra mim

Foi assim que a conheci
Naquele dia junto ao mar
As ondas vinham beijar a praia
O sol brilhava de tanta emoção
Um rosto lindo como o verão
E um beijo aconteceu

Nos encontramos à noite
Passeamos por aí
E num lugar escondido
Outro beijo lhe pedi

Lua de prata no céu
O brilho das estrelas no chão
Tenho certeza que não sonhava
A noite linda continuava
E a voz tão doce que me falava:
"O mundo pertence a nós!"

E hoje a noite não tem luar
E eu estou sem ela
Já não sei onde procurar
Não sei onde ela está

Hoje a noite não tem luar
E eu estou sem ela
Já não sei onde procurar
Onde está meu amor?

Hoje a noite não tem luar - Legião Urbana


Renato Russo deve ter escrito essa música em alguma noite de Dezembro. Sim, porque estas noites de Dezembro têm sido tão lindas que me dão até tristeza. Ultimamente a beleza tem me entristecido. Estranho, eu sei. Coisa de quem tá criando um deserto dentro de si.

"Tu não quiseste esperar, amor, tu tiveste pressa. Mas isso não se faz com pressa, mas com calma, sereníssima. E quanto tu olhares pro céu de Dezembro, numa noite de Dezembro, e a lua de Dezembro brilhar pra ti, lembra que tem alguém que queria que tu tivesses sabido esperar por Dezembro."

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p.s: ai ai, tudo culpa do meu dedo caindo de tão podre, fazer o quê? Sempre o errado, sempre.

p.s²: alguém aí viu o eclipse do dia 21? Muito, muito lindo. E combinou com o dia, se vocês querem saber. Dia 21 é dia de eclipse no planeta Mariana.

p.s³: ODEIO escritores apaixonados. E isso me inclui.

p.p.s: Nilsãããããão! Valeu pelo melhor cd de Red Hot Chilli Peppers que eu já ouvi. Pirando muito aqui.

domingo, 19 de dezembro de 2010

CriOnça


Adiciono, não adiciono, adiciono, não adiciono.... Merda, quê que eu faço? O endereço do e-mail me olha impaciente, piscando apressando na tela do computador. "É só um clique, cuida logo!". A janelinha de "Próximo" é convidativa. Já está até azul, chamando a minha atenção. A janelinha de "Cancelar" é tão feia... Cinza e desbotada, credo! Poxa, é que ele parece ser tão legal... Quer dizer, ele diz um monte de coisa que eu penso e queria ter dito, ele escreve o que eu queria ter escrito. Ontem ele escreveu sobre a lua, e eu também escrevia sobre a lua ontem. Só que o texto dele deu certo, o meu, não. Vai ver nós escrevíamos até ao mesmo tempo. Anham, a lua tava linda mesmo ontem.

A culpa é minha. Eu é que tenho a mania besta de ficar alucinada por qualquer cara que saiba escrever "preciso" e saiba a regência do verbo "assistir". Anham, é minha culpa mesmo. Poxa, ele vai me achar tão criança... Até eu me achando criança depois dessa indecisão idiota toda. "Adiciona logo, retardada". Quer dizer, o máximo que pode acontecer é ele me achar uma nenê. Aí ele pode me bloquear e nós nunca mais precisaremos nos falar. Êêêê as maravilhas do mundo virtual! Impessoalidade é tudo! Te cuida Goethe.

Os dedos tamborilando nervosos em cima do teclado "Caramba, quê que eu faço?". Ok, considere por um momento que ele cogite a hipótese de conversar comigo. A gente tem realmente coisas em comum. Eu só não vou começar a falar aqui porque, se ele ler, vai sacar na hora e tudo o que eu NÃO quero é propaganda antecipada e gratuita. 1, 2, 3 tiro no pé BUM!

Droga, a janelinha ainda tá piscando por aqui... Quer saber, minha irmã tem razão. Eu é que sou muito dramática mesmo, cruzes! A gente não vai precisar sair nem nada, até porque eu não tenho idade pra isso ainda (hehehehe de menor passando, licença) e não gosto dos lugares que ele vai. Álcool não é comigo (embora eu admita que adoro o cheiro de álcool + penas + palha + madeira queimada das noites de São João. Cheiro único, precisam ver. Tudo bem, tem pontadas de urina pelo meio, relevem). Mas seria assim, na segurança do meu cafofo, protegida por quilômetros de distância e por mil bytes internéticos. Qualquer coisa, "opa! foi mal, a internet caiu e eu tive que mudar pro Japão, sacumé, ?".

É, se a janelinha do msn fosse um taxista, a conta já passaria dos 50 paus e eu não teria nem saído do lugar. Indecisão? Oi, tá falando com a própria. Ah quando lembro que eu pedia pra mamãe me levar num analista e ela falava que era só frescura minha... "Tá vendo, mamãe, a culpa é toda sua!".

Sabe que a gente até estudou na mesma escola? Parece essas coisas de destino, de filme da Sandra Bullock =) Se bem que se fosse pra falar de filme, eu me sentido a Jennifer Garner em "De repente 30" ¬¬ É, ele vai me achar criança. Talvez até consulte o código penal pra ver se não tem nenhuma lei a respeito de "pedo-eme-esse-ene- filia" (será que o Houaiss não quer me contratar, a propósito?). OU talvez cante "Sweet child o mine" pra mim =D. E outra coisa, como que eu explico pro meu pai esse barbudo na minha lista de contatos? Se bem que depois de ter adicionado um tio que se dá a alcunha de "o gato molhado das piscinas", papai não vai poder reclamar. Família tem cada uma, não?

Ah, quer saber, deixa pra lá. Assim como tá é legal pacas. Quem sabe daqui a uns quatro meses, quando ele não precisar mais perguntar a minha idade pra ter certeza que não corre o risco de ser preso, eu adicione. Por hora eu posso lê-lo, ver o twitter, o orkut, essas coisas. Ninguém precisa ficar sabendo =D. Quem sabe amanhã eu adicione... Me espera? E um dia eu vou crescer, sério. E prometo que não vou cantar "Baby baba" pra você = S

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P.S: alguém quer fazer esta criança feliz? Olha aí, super promoção: Quem me der o livro "A manhã seguinte sempre chega" do Gabito Nunes, ou algum título do Bukowski ou do Dostoiévski (menos "Os irmãos Karamazovi, a não ser que seja a edição de luxo, com capa dura), ganha de brinde a deliciosa sensação de fazer uma pessoa feliz. A sua boa ação deste natal =D!
Xeeeero!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Pictures







Walker

"Hoje tu disseste que não conseguia me imaginar chorando. Que eu dizia que chorava só pro meu cérebro se convencer de que eu realmente o fazia e não julgar os meus canais lacrimais meros órgãos vestigiais (com o perdão do eco). Pois bem, queria que tu me visses agora. Talvez tu até te compadecesses de mim e enxergasse a menina por trás das besteiras, risos, e declarações de amor platônico. É, eu sofro. Eu também passo noites em claro, isso não é privilégio teu, amigo. E não é uma tapeação da minha cabeça só pra eu ter o que escrever - embora funcione muito bem pra isso. Eu sofro porque perdi dois pelo preço de um; porque perdi dois tipos de amor, o do homem e o do amigo. Não te preocupa com o que o tal possa pensar de mim, ele não vem mais aqui. E mesmo assim, ele não pensaria nada, tem um cubinho de gelo fazendo as vezes de coração. Pena que a gente não pode fazer uma fogueira, jogá-lo, e esperar que amoleça, derreta. "Sem agressões", foi o que o Lipe disse.

E a gente vai por aí, se apoiando um no outro, tu com teus problemas baixinhos e complicados e eu com meus problemas físico-químicos. A gente vai respirar novos ares, sei que vamos. Merecemos isso. A questão é se acostumar com o frio - estimulante na tua visão - e com a "selva de pedra". A vida de migrante nordestino não é fácil, eu sei, mas quem foi que disse que as coisas por aqui são minimamente menos complicadas? Espero que a Paulista seja perto da República..."

P.s: tudo bem, agora são três textos inspirados em ti, admito.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Difícil é admitir que se odeia
Difícil é admitir que se ama
Difícil é admitir que se odeia porque se ama
Ou quem se ama...

Nilson Carlos / Mariana de Castro

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Ah, esqueci de contar. A Cronicando ganhou um espaço só para ela! Agora os textos vão ficar mais organizados e com mais liberdade para postagens e comentários. é o meu outro blog, A Balcronista. Visitem e comentem, pessoal! Espero vocês.
Xeeero!

Nem importa


"Mas me diga moço, como é que eu vou conseguir esquecer se fiz questão de plantar um parte de ti em cada pedacinho da minha vida? Tu pula de dentro dos meus cadernos, livros, dos meus perfumes, das minhas roupas, fotos, tal qual erva daninha que desabrocha a verdade indubitável: eu não te esqueci.
Não faz assim, dói demais. Um amor delicado assim, perfumado assim, de cristal assim, não se joga fora, não se pisa, não se deixa ir embora. Amor é produto esgotado nas prateleiras por esses tempos; feliz quem tem o seu pra chamar de "meu", pra fazer dengo, cafuné, cócegas no pé.
Presta atenção, moço! Quando sair, vê se faz o favor de te levar contigo e não te esquecer mais dentro de mim..."

domingo, 12 de dezembro de 2010

Motivos pelos quais a vida não é uma bosta

Motivos pelos quais a vida NÃO é uma bosta:

  1. O Jude Law existe, e nós sempre podemos contar com o olhar sexy dele para nos arrancar da fossa. Ou nos afundar mais nela...
  2. Álvares de Azevedo existe, e a gente pode ler os poemas dele e perceber que existem outros doidos sonhadores e dramáticos como nós;
  3. A minha mãe existe, e eu sempre posso contar com ela pra fazer camarão pra mim na esperança de me alegrar um pouco;
  4. A minha irmã existe, e eu sempre posso fazê-la ter um ADP (ataque de pelanca) só por puro divertimento;
  5. A chuva existe, só para nos dar mais sono e nos incentivar a ficar de preguiça na cama;
  6. Renato Russo existe e é só ele que me entende do início ao fim;
  7. A minha cachorra existe, e eu posso fazer uma sessão de fotos divertidas com ela, afinal a dita cuja é muito mais fotogênica que eu (!);
  8. Sempre tem aquele miojo esquecido no fundo do armário e aquele resto de coca-cola na geladeira pra ajudar a alegrar o nosso dia;
  9. Tem o Natal e o fim de ano pra encher a nossa vida com o cheiro de comida quentinha, árvores de natal, enfeites mofados e com o delicioso e divertido ballet de luzinhas coloridas;
  10. Deus existe! E isso me basta!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Apoptose


O tipo "suicida emocional", sabe qual que é? Daqueles que fazem as próprias balas e vão enchendo o cartucho do revólver. Isso aí, a degradação moral ao alcance de um clique.

O tipo de louco que deixa tudo pronto para o próprio assassínio, caso bata a vontade, acabe o chocolate, ou a mente tenha necessidade.

Ah, mas isso é biologicamente natural, sabe? As nossas células fazem isso todo dia. Como é mesmo que chama? Ah, sim, apoptose!

Eu bem que tentei fugir, querido, mas era óbvio que eu não podia te contar da minha apoptose; porque é o que virá: uma morte programada, ensaiada, e com todas as variáveis friamente calculadas. Criminosa, ainda assim.

E se for mesmo pra rimar, pode vir que eu te canto uma canção de ninar, prometo só olhar, até te levo pra ouvir o mar! E aí? Agora quem pergunta sou eu: tá a fim de tentar?

p.s: Apoptose again

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Querida, cheguei!


Caramba! Finalmente em casa! Passei uma semana na "terra da garoa", curtindo novos ares, novas agonias, novos medos, novas experiências. Sabe, apesar do susto, tremelique, tremedeira, vontade insana de fazer xixi - efeitos colaterais de um vestiba super concorrido -, foi uma experiência super importante. Acho que agora eu sei onde quero ficar, o que realmente quero pra mim. Só essa certeza já faz qualquer coisa valer a pena, independente do resultado imediato. Hoje eu sei que não vou desistir, se não for pra agora, é pra amanhã, o importante é perseverar e confiar!"Quem tem um sonho não dança"! Ah! Retalhos da viagem:

Na porta da facul:
Gente, olha só que coisa linda: na porta dos locais de prova, ficam representantes de cursinhos e escolas distribuindo lanches, energéticos, mini revisões, pros alunos que vão fazer a prova. E "de grátis"! Cheguei lá pensando que precisava pagar e tal, aí o moço me deu uma sacolinha com biscoitos, chocolate, barrinha de cereal, salgadinhos e uma garrafa de energético. Quase que eu pergunto "sério? É de graça?". Ainda bem que eu não perguntei, já pensou? Toda matuta eu, nããã. Igualzinho a gente tem aqui em São Luís, né não? Haha

Em Sampa;
Rapaz, vida de migrante nordestino é uma tristeza, mesmo. A gente vai pra essas cidades só pra passar frio, deusquemelivre. Um frio de gelar os ossos e o povo falando "tá calor, né?". Aham, sei, tô tilintando os dentes porque é legal ¬¬*

Saguão do aeroporto, voltando pra casa:
*diálogo entre passageiro desesperado e atendente de companhia aérea*
-Moça, pelo amor de deus, eu só quero voltar pra casa!
-Senhor, o seu voo não tem previsão de partida, sinto muito.
-Não tem previsão de partida? Como assim não tem previsão? Tô aqui desde 5 hrs da tarde (era 10 e meia da noite) e você vem me dizer que o meu voo não tem previsão? Eu preciso chegar na minha casa agoooooora, minha senhora! Peloamordedeus, o que eu faço?
A atendente vira pro outro lado e começa a falar com outra pessoa
-Será que dava pra senhora me atender????!!!!! EU QUERO VOLTAR PRA MINHA CASA!!!!!
-Senhor, o senhor pode tentar relocar a sua passagem. Só passar no CCT, no andar de cima
-CCT? Que diabo é isso? abreviatura pra c*c*te? Isso aqui é uma m***********rda, uma M***************RDA!!!!!

Avião, de volta pra casa:
O pior voo da minha vida. Além de sair com quase uma hora de atraso, o tempo tava horrível. Chovendo muito, muitas nuvens, o avião balançava mais que vara verde e eu, claro, tremia junto. Como fiquei na poltrona ao lado da janela, dava pra ver toda a tempestade lá fora. Pensem no meu medo! O melhor era o passageiro da outra poltrona:
"Ah, agora é que ficou bom! Quando começa a balançar assim é que eu gosto, durmo rapidinho, parece que eu tô na minha rede! O quê? Cê tá com medo? (nããã, magina! É que eu tenho mal de Parkinson e fico tremendo, mesmo ¬¬). Não fica com medo, amiga; viajo toda semana, nunca caiu, não vai cair hoje. Se bem que eu queria viver uma experiência dessas, sabe? Deve ser emocionante! (ok, mas não hoje, tá bom? Não NESTE voo!). Cê quer gritar? Grita, chora, mas não vomita. Peloamordedeus, só não vomita! Quantos anos você tem?" "Tenho 17" Vira e cutuca a outra passageira: " Ah, ela só tem 17... Saudades dos meus 17, da minha cara cheia de espinhas..." Vira pra mim: "Tu não tá nem louca morrer com 17, benhê! Eu te mato! E deixa de coisa, vai ser o voo mais legal da tua vida." E foi mesmo, principalmente quando eu vi um monte de raio vermelho saindo das nuvens e a asa do avião balançando mais que folha de papel. Ah, e foi legal também na hora que ele virou na diagonal e eu pensei que fosse morrer. Adrenalina pura ¬¬

Bem, só alguns fragmentos da viagem. Graças a Deus já voltei pro meu "cariri"! E num legítimo pau-de-arara, que aquele avião sacolejava igualzinho, juro! (Se bem que eu nunca andei num pau-de-arara oO *coisa pra fazer antes de morrer*). Depois eu posto mais coisa inspirada nas ruas e becos de Sampa. XEEEEERO!




terça-feira, 23 de novembro de 2010


Que seja doce, então...

Nas entrelinhas, estrelinhas, entre linhas outrora concorrentes, hoje paralelas, foi mais ou menos isso o que aconteceu. E dizem que Deus escreve certo por linhas tortas... Sei não, mas começo a ter certeza de que quem entorta as linhas somos nós...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Eles - Parte I

O Cartomante: a gente vive entre tapas e beijos, choros e risos, ligações perdidas e ligações achadas, fotos, Madonna, Renato Russo, Nietzsche (que ele ama) e outras coisas doidas que só fazem sentido pra ele. O Cartomante diz que a minha percepção é péssima, então ele é os meus olhos, os meus ouvidos, a minha percepção e o meu tradutor de atitudes masculinas. Ah, é também o meu profeta! Pena que a bola de cristal dele tem andando quebrada estes últimos dias...

O Vampiro: Discreto. Como todo vampiro. Desperta amores platônicos. Como todo vampiro. É eu-liricamente (isso existe?) sedutor. Como todo vampiro. Ele até brilha no sol! Como todo vampiro (da Stephanie Meyer). Ele é quase perfeito, o único defeito é não estar apaixonado por mim. Mas eu tenho certeza que isso um dia se resolverá, quando ele acordar e finalmente perceber que fomos feitos um para o outro! Ah... Meu Edward Cullen das plagas maranhenses!

O Moreno Misterioso: "Moreno alto, bonito e sensual. Ele É a solução dos meus problemas". Não preciso falar muito dele; nem posso, na verdade, sob pena de arriscar a aura de mistério do Moreno. Mas basta dizer que nós somos CFA, blues (menos a Janis, porque ela grita, tu sabe), Cazuza, blog e crônicas. Meu ombro amigo, o lugar seguro onde eu sei que posso guardar as minhas lágrimas. O cara que ri do meu desespero de "Maria do Bairro". Eu sempre sei onde te encontrar, baby: na Guaje, ou, de qualquer maneira, no meu coração.

O Calango: Comicamente sem graça. As piadas mais infames que eu já ouvi em toda a minha vida. Mas eu o perdôo, afinal ele vai me levar pra passear de carro novo, evolutivamente comprado. Prometeu que não vai esquecer de mim, mesmo quando estiver lá em Itapecuru. "Ei, mas será que tu vai gostar de lá? Ouvi dizer que existem muitos répteis por aquelas bandas...". Gosto de você, apesar de ser tão furão... Tu tem cheiro de música do Renato Russo, de verso do Casimiro de Abreu, de fundo musical do Coldplay, de Física Moderna e de problema de Matemática super difícil. O único problema é que tu é meio lerdo pras coisas mais óbvias, tipo.... bolinha de papel na cara =)

O Arregala Tujo: Acho que o nosso começo foi com a história do alargador, quando eu saquei que um cara disposto a pôr um alargador não poderia ser tão chato quanto eu pensava. Ele foi meio que aquela fruta no pomar que a gente deixa amadurecer e só colhe quando tá beeem vermelhinha, sabe? Só agradeço ter te enxergado a tempo e não ter deixado que este fruto cansasse de me esperar e caísse no chão... "Pra onde estas setas irão te levar?" "Ad infinittum" "E além!". O poeta setilhista. Meu poeta setilhista. Mas tudo bem, eu te divido com a curva de potencial biótico. Sei que tu não pode viver sem tua nova tão amada "ecologia"....

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p.s: crônica nova na Cronicando! =D


domingo, 14 de novembro de 2010

Fé!

Duas batalhas já foram. Agora só falta a terceira e maior de todas. FÉ! SEMPRE SEMPRE SEMPRE!

sábado, 13 de novembro de 2010

Fim? Começo!

Dói quando a ficha finalmente cai... Saber que aquelas pessoas com as quais você passou um, dois, três (ou até mais) anos inteiros não estarão mais ali todo dia, brincando com você, fazendo bagunça, conversando na hora da aula, enlouquecendo todos os professores. Dói demais...

Bate aquela vontade de ter feito tantas outras coisas, de ter falado com tantas outras pessoas, de ter aproveitado mais. O problema é que não volta, nada na vida volta. É aqui que você finalmente nota aquela pessoa escondida no canto da sala, ou mesmo aquele outro com o qual você nunca trocou mais do que um "bom dia". Vocês poderiam ter sido amigos; ótimos amigos, eu diria. Mas a chance passou, fazer o quê?

"Ainda que tentem me convencer do contrário, eu sei que não vai ser a mesma coisa. Nunca mais vai ser... Pode ser que melhore, que nós até nos aproximemos, mas com a maioria não vai ser assim. Muitos ficarão pelo meio do caminho, virarão apenas sombras num retrato de turma. Mas eu não quero crer que este seja o fim. É apenas o começo. Começo de quê? Nem sei, mas depois que começar a gente descobre"

Queria poder dar um abraço apertado em cada um de vocês, meus anjinhos! Dizer que vou sentir tanto a falta de cada um... E se eu pudesse faria uma universidade única só para os melhores do meu coração, só pra que a gente nunca precisasse se separar. Mas é necessário, filhinhos, é necessário que conheçamos o mundo, que conheçamos outras pessoas, que coletemos experiências, momentos, gente! É assustador por ser novo, mas é NOVO! Então veja, não é maravilhoso? Milhares de chances, de oportunidades ainda cheirando a leite, milhares de caminhos, de obstáculos e aventuras. Alegremo-nos então! Cada pedra que aparecer pelo caminho, usaremos para construir uma escada para o nosso crescimento.

O mais importante é tentar esquecer o medo de perder. Medo não é para os que tem em quem confiar. Aqueles que foram cativados permanecerão... E quanto aos lugares deixados por aqueles que partiram, não se afobe não, outros chegarão para preenche-los. A gente ainda vai se encontrar por aí, pelos cantos desse mundo de "meu Deus", que a vida é mestre nessas coisas de acaso. Nem que seja na fila do pão, sabe?

VALEU MUITO À PENA!

p.s: este é provavelmente o meu texto mais desconexo e confuso. Perdão se as palavras não foram capazes de transmitir a intensidade do sentimento de quem as escreveu. A culpa é mesmo da escritora incompetente que ainda não aprendeu a controlar os dedos nervosos que teimam em tamborilar pelo teclado, à procura da palavra perfeita ou da ordem correta de idéias. Um dia, quando as coisas se acalmarem e a casa ficar novamente organizada, sairá algo mais específico, um lugarzinho de texto pra cada um que teve um lugarzinho no meu coração este ano. Fiquem com Deus!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

Fico pensando por que "diabos" esse "de repente" não tropeçou na bendita pedra de Drummond. Onde será que habita o "repente"? A espuma nem dura, Cazuza já dizia: "por quase um segundo, só pra depois se amar mais". O que dura mesmo é o espanto. Espanto envolto em brumas.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

Vento? Quem dera... Da calma fez-se a tempestade, a revolta, a ressaca d'um mar. Quem diria que a última chama fosse apagada pelo sopro dos teus lábios? O sopro que ainda ontem levava um "eu te amo" aos meus ouvidos. E tal qual o animal que pressente o abate, o tempo se faz imóvel ao luzir da lâmina do algoz. Do silêncio, o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

E o coração outrora cheio fez-se vazio. E as lágrimas já podiam escorrer livres, pois não havia mais nenhuma mão que as enxugasse. Os espaços entre os meus dedos já não cabem mais os teus, e a mais nova companhia atende pelo singelo nome de "somente".

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

Mistério é saber como as bocas outrora coladas se resumiram a aguados "bom dia". Um contando ou outro coisas que já são conhecidas, como dois estranhos, como se jamais tivessem tido alguma intimidade. Um milhão de anos entre mim e ti. "Pra que usar de tanta educação, pra destilar terceiras intenções..."

"É estar-se preso por vontade
É servir a quem vence - o vencedor
É um ter com quem nos mata lealdade
Tão contrário a si é o mesmo amor"

domingo, 31 de outubro de 2010

Ai ai ai ai, está chegando a hora! É isso aí, falta bem pouquinho pra nós vermos se 17 anos de estudo valeram realmente à pena (pressão pressão pressão). Tá, eu sei que enquanto eu estou aqui, tem um cearense estudando, mas caramba! Tava com tanta saudade daqui, do meu cantinho... Principalmente porque nestes últimos dias, ao mesmo tempo que eu queria ter companhia, tudo o que eu mais quero é ficar sozinha... Sei lá, meus dias de "Linspector". É tempo de borboletas no casulo... Dias de precisar admitir algumas coisas, reconhecer outras, implorar por mais algumas... Mas tá tudo bem, tudo ok, a gente vai levando.

Deixando o momento down de lado, achei alguém mais problemático que eu: os tais dos números complexos. Sabe, se eu quisesse cursar Psicologia, certamente faria um estudo sobre eles. Se bem que eu os entendo, coitadinhos. Tenho certeza que você também seria super complexado e teria graves problemas de identidade se por algum acaso descobrisse que você nem existe de verdade. É imaginário. Tadinhos, né gente?

Ah, e o "Arrastão do 13" quase causa a minha morte sábado passado. Voltando da escola (quer dizer, meus caquinhos voltando da escola), lá vem aquela multidão de carros atrapalhando o trânsito. Um outro motorista, pê da vida com aquela confusão, resolveu desviar da caravana jogando o carro pra cima da calçada. E quem estava lá? Isso mesmo, eu, que só apareço nessas horas. O melhor não foi nem isso, o melhor é que depois de dar um pulo que faria a Fabiana Murer morrer de inveja, e escapar por pouco de ser esmagada, lá vem um furgão da Dilma com as portas abertas e uma mulher joga um punhado de santinhos bem na minha cara. Eu fiquei lá,feito uma barata tonta, nem bem tinha desviado do carro assassino, logo atrás vem a mulher jogando um bando de papel em cima de mim. Por 5 longos segundos eu só via papel na minha frente. Agora o mais legal mesmo foi o meu berro no meio da rua, que fez o povo todinho que estava sentado nos barzinhos ficar olhando pra uma garota magrela com uma mochila maior que o mundo, desesperada tentando se desvencilhar dos tais santinhos. Eu mereço mesmo!

E agora eu vou indo, que eu já tem um monte de coisa esperando pra ser feita. Carpe diem!
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p.s: crônica nova no Cronicando! Passa por lá. Xeeero!

sábado, 16 de outubro de 2010

"O veneno de mariana não é substancial, mas está contido em suas palavras"
Rodrigo Walker

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p.s: primeira crônica do "Cronicando". Dá uma passada lá e olha, ok?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Constatações

O fim de um relacionamento não é o fim do mundo. Como diria o William (o Shakeaspeare, haha), “Não importa em quantas partes seu coração foi despedaçado, o mundo não pára para que você possa consertá-lo”. É isso aí. Fidel continua em Cuba, as tropas americanas não saíram do Afeganistão, Sarney continua vivo e o Enem não foi adiado. Ou seja, ninguém mais, além de você, liga.

Se foi você quem entrou com a terceira palavra do “pé na bunda”, depois de chorar, espernear, gastar mil e um lencinhos de papel, se entupir de brigadeiro e coca-cola, pare e reflita: “Por que mesmo que acabou?”. Vai ver a culpa nem foi sua, vai ver você devesse estar aliviado e levantando as mãos pros céus. Certas coisas/relacionamentos são pura perda de tempo ;D

Na aula de OPEE (Orientação profissional Empregabilidade e Empreendedorismo), falamos sobre criatividade. Um dos maiores problemas atuais nos relacionamentos – sejam eles afetivos ou profissionais – é que existem pessoas apáticas, estagnadas, que acham que os problemas se resolvem sozinhos. O famoso “empurrar com a barriga”. Se você está com alguém assim, fique atento. Dificilmente algo poderá dar certo. Alegoricamente falando: qual o ambiente propício para o aparecimento da dengue, por exemplo? Água parada. Não deixe que o seu relacionamento ou seu ambiente de trabalho sejam criatórios do mosquito =P

É claro que todo esforço necessita de retorno, ou seja, tem que vir das duas partes. Se você é pró-ativo e o outro é apático, pule fora. E não chore. Quem gosta de gente parada é caixão! Sabe aquele seu “ex” que nunca te mandou flores ou fez uma surpresa, que nunca te ligou de madrugada para dizer que estava pensando em você, que deixou as coisas morrerem por pura apatia, quiçá preguiça? Meu amor, acorde! Quem deveria estar chorando era ele, não você.

O mundo está aí, cheio de gente nova, divertida, cheia de idéias e de criatividade. Então levante-se, enfeite-se (que os beija-flores só pousam nas flores bonitas e perfumadas) e saia para ver o mundo! A partir de hoje, quem diria, finalmente encontrei um lema:

Os acomodados que se mudem!

E sorria, sorria! “Ser alegre é melhor do que ser triste, alegria é a MELHOR coisa que existe!”

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p.s¹: o Serelepeando vai estrear duas novas páginas: a "Avulsas", com frases e pensamentos soltos de minha autoria (haha nem me acho) e a "Cronicando", com algumas crônicas também de minha autoria. Então vai lá dar uma olhadinha, ok? Você já sabe, é para ler sem compromisso ;*

p.s²: Alegria - Cirque du Soleil, "Só os melhores"

p.s³: xeeeero em todos!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Queria poder implorar por mais uma chance. Queria poder pedir desculpas e prometer fazer tudo certo da próxima vez. Queria ter realmente merecido isso. Mas eu não errei, não tive culpa. Fiz tudo o que estava ao meu alcance, saio com a consciência limpa e a certeza da minha sinceridade em todos os momentos. E mesmo assim não teve jeito. Hora de recomeçar...

Cabeça erguida, coluna ereta e bola pra frente :)

domingo, 10 de outubro de 2010

Às vezes tenho a sensação de estar esquecendo de sentir algo. Meio como que na obrigação de estar triste porque algo vai acabar, até porque todo mundo está triste. Menos eu. Já sei que sou insensível, egocêntrica, egoísta, tenho uma percepção péssima, só me importo com quem se importa comigo. Mas essa é só uma máscara que eu ponho, relaxe. Ou não. Na verdade, talvez nem eu saiba e esse post seja completamente sem sentido, mas eu continuo a escrevê-lo ainda assim.

Sabe o que eu queria mesmo? Realmente me importar, realmente sofrer, me sentir um pouco mais humana. Até porque quando eu sofro, nunca dura mais que quatro dias e tem sempre uma metade de mim que fala "larga de ser boba! Simplesmente passe por cima". Algo me diz que não deveria ser assim...

Queria me sentir mais "gente", ser menos "doente", escrever poemas, crônicas, dançar na chuva, acreditar em promessas, rolar na grama, guardar momentos, ter lembranças, VIVER! Ser humana, ser-humana, até que ponto?



domingo, 3 de outubro de 2010

Uma dose de Drummond

“Satânico é meu pensamento a teu respeito, e ardente é o meu desejo de apertar-te em minha mão, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem. A noite era quente e calma, e eu estava em minha cama, quando, sorrateiramente, te aproximaste. Encostaste o teu corpo sem roupa no meu corpo nu, sem o mínimo pudor! Percebendo minha aparente indiferença,aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos.
Até nos mais íntimos lugares. Eu adormeci.
Hoje quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão.
Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite.
Esta noite recolho-me mais cedo, para na mesma cama, te esperar. Quando chegares, quero te agarrar com avidez e força. Quero te apertar com todas as forças de minhas mãos. Só descansarei quando vir sair o sangue quente do seu corpo.
Só assim, livrar-me-ei de ti, pernilongo Filho da Puta!!!!”

Carlos Drummond de Andrade

"Sei não, mas hoje eu tô a fim de causar! Vou fazer do oceano um jardim, vou plantar flores no mar. Os peixinhos serão minhocas, as baleias jabutis e os golfinhos serão gnomos - claro, gnomos de jardim. Pela primeira vez na vida, a terra vai ser azul! Mas quando o fim do dia chegar, vou pegar minha pá e minhas sementes, deitar na grama molhada, chamar você pra perto de mim (porque ser feliz sozinho é situação que não existe ) e a gente vai sorrir, assistindo o pôr de um lindo [giras]sol!"


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Um "cara-de-soluço" disse que eu tenho cara de pipoca. Não, não é a minha cara que é de pipoca. Acho que é o meu cérebro, na verdade... Ou o meu coração. Não sei. Os dois ficam pulando, não se decidem pra onde ir, às vezes pulam longe, às vezes pulam perto, invariavelmente explodem, mas às vezes nem isso. São o milhinho que não estourou, esquecido no fundo da panela. Lembrança do que era pra ser mas que acabou não sendo.

"'E essa tua cara?' 'Ué, tu mesmo já disseste: cara de pipoca.'"

**Tempo de sentir saudade de tudo o que eu ainda não (vi)vi.**

p.s: e eu não quero mais perder momentos. Cansei de deixá-los escapar.
p.s²: quem quiser me dar um presente de dia das crianças, me dê uma caixinha que guarde momentos =)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Notas II

"Se eu estava chorando? Não, não é nada não... É só que um amor desses - que parece de cinema, com brigas homéricas, instintos homicidas, beijos apaixonados, cadeira dupla no cinema, contas de telefone estratosféricas, rixas à la "Capuletos e Montéquios", litros de coca-cola para superar a fossa, insônia forçada, beijinhos de esquimó, mordidinhas na orelha, barba bagunçando cabelo, olhos castanhos da mesma cor da tempestade que o Renato cantava, paciência, espera, terço nas mãos, luas e estrelas - a gente só encontra uma vez na vida toda..."

Carpe diem!


Entre mortos e feridos, salvaram-se todos.
Agora sim está tudo bem... :)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sobre ficar bem :)

Após um breve momento de desespero, pensei em como seria bom se pudéssemos fazer qualquer um que a gente quisesse nos amar para sempre. Sim, seria muito bom... A questão é que este é um desejo egoísta demais para ser plausível. As pessoas são diferentes, estão diferentes, mudam de opinião, estão em constante reforma. E se tem algo sobre o qual não temos controle algum é o coração dos outros...

Sempre que estou com um algum problema amoroso ou emocional, sempre que quero abaixar a minha cabeça e simplesmente chorar, eu lembro do meu único amor perfeito: o meu Senhor. Ao Seu exemplo eu tento enxergar a situação. Apesar de nos oferecer o amor mais santo, mais puro, mais casto e mais perfeito que possa existir, ele não nos fez obrigados a amá-Lo. Deu-nos o livre arbítrio para que nós mesmos fôssemos buscá-lo se assim nos agradasse mais. Ele nos fez livres no amor e livres para ousar no amor!

Por mais que eu sofra e chore, eu tenho a certeza que o meu Deus não me deixará ficar abatida, pois ele tem a me oferecer o conforto para a minha alma e, já que a minha história e o meu coração foram ofertados aos pés do Santíssimo, eu não tenho porque me preocupar com o que virá. Eu confio no Senhor e me abandonar à Sua vontade é o modo mais humilde de viver. É assim que eu quero ser. Posso estar chorando hoje, mas com a certeza que a alegria virá pela manhã. É isso que nos faz cristãos, filhos entregues ao pai: ter na alma a certeza da vitória! As provações não são sinal de vergonha e desolação, mas degraus para o nosso crescimento, escadas que nos levam ao Pai.

"Meu filho, se você se apresenta para servir ao Senhor, prepare-se para a provação. Aceite tudo o que lhe acontecer, e seja paciente nas situações dolorosas, pois o ouro é provado no fogo e as pessoas escolhidas, no forno da humilhação. Examinem a história e verão. Quem confiou no Senhor e ficou desiludido? Quem perseverou no seu temor e foi abandonado? Quem o invocou e não foi atendido? Porque o Senhor é compassivo e misericordioso, perdoa os pecados e salva no tempo do perigo."
Ecl 2, 1 . 4-5 . 10-11


terça-feira, 7 de setembro de 2010

Notas I

Um dia você descobre que o que faz uma ida ao cinema ser boa não é exatamente o filme que passa na tela, mas a pessoa que está ao seu lado, sussurrando ao pé do seu ouvido, segurando a sua mão, te abraçando contra o friozinho da sala. Descobre também que, muitas das vezes, os melhores filmes são justamente aqueles que você não assiste...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Don't worry, be happy!

Hoje tem simulado na escola. De novo. Eu sei que eu deveria estar estudando e que ficar de bobeira pela internet enquanto se tem um monte de assuntos esperando para serem revisados não é uma postura de quem está a 2 meses do vestibular e blá blá blá. O problema é que eu cheguei à conclusão de que mortos e zumbis não fazem Enem. Por causa disso e - só por causa disso - estou evitando entrar em uma das categorias citadas acima.

Eu preciso de um pouco de tempo pra mim, ora bolas! Tempo de não fazer nada, de ficar olhando pro teto, de ouvir Mika no último volume, de ler blogs interessantes, de pular em cima da cama, de brincar de roubar o brinquedo da cachorra, de ser mordido (ou morder) a mesma cachorra, de ficar 1 hora falando besteira ao telefone, de ficar de bobeira no MSN, de assistir Bob Esponja ou Os Pinguins de Madagascar, enfim: tempodeserfeilz!

E eu gosto bem mais de mim quando estou feliz. Ultimamente tenho me sentido um cavaleiro medieval. Todos os dias, quando acordo (não tenho mais o tempo que passou la la la....) sinto como se vestisse uma armadura, como se me preparasse para a guerra. Vai ver o vestibular é uma guerra, mesmo... Espero ficar do lado dos vencedores quando tudo acabar...

Mas eu não vou ficar aqui triste e sofrida, só reclamando do cansaço e do sono. Um sorriso no rosto ajuda em muita coisa, inclusive na escola e nos estudos.
Don't worry, be happy! Every little things gonna be alright!

p.s: eu sei que aqui não é o programa da Xuxa, mas hoje eu quero mandar um abraço especial pra algumas pessoas especiais que me ajudam a passar melhor esse 3º ano do Ens. Médio. Então, um beijo do tamanho do mundo para Cauby Arthur, Carlos André, Nilson Carlos, Rodrigo Walker (xD), Lu Azevedo, Carol Amaral e Breno Nogueira. AMO VOCÊS!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Se a gente for realmente reparar em como as pessoas vivem em sociedade, vai chegar à conclusão de que só faltava um pouquiiiinho de nada pra tal da "sociedade" ir pro beleléu! Coisas aparentemene simples e cotidianas, como pegar ônibus ou ir ao supermercado podem mostrar situações bastante reveladoras sobre a índole humana. Basta que voce mantenha os olhos bem abertos e veja.

Hoje eu fui ao supermercado com a minha mãe. Enquanto estávamos na fila do caixa, percebo um certo barulho na fila ao lado. Um senhor gritava e gesticulava, reclamando que a senhora que estava atrás dele havia o olhado com "cara feia". Segundo a interpretaçao dele, o olhar dela era como se questionasse o direito do dito-cujo estar na fila especial. A criatura achou por bem que todos no supermercado soubessem a idade dele, todos os problemas de saúde que tinha e, no auge da inflamação, ofereceu até mesmo a sua carteira de identidade para que não restasse nenhuma dúvida sobre o seu discurso. Pombas!

E um outro rapaz - ainda no supermercado? Quando entro no corredor de cosméticos, dou de cara com um moço empurrando um carrinho entulhado de sacolas plásticas, daquelas que a gente usa pra botar frutas e verduras. O homenzinho simplesmente empacotou individualmente cada uma de suas compras. Ou seja, se ele comprou um pacote de miojo, ele colocou em um saco. Se ele comprou uma pacote de biscoito, um saco de feijão, outro de arroz, um vidro de shampoo e uma caixa de cotonetes, cada um mereceu uma sacola plástica especialmente para si. Sinceramente, acho que ele queria mesmo era os sacos plásticos. Tipo, a comida e as outras coisas vieram de brinde, saca? ¬¬

O pior mesmo é o povo sem noção dentro dos ônibus. Na segunda-feira eu tive simulado na escola. Dessa forma, eu pude sair mais cedo e, na tentativa de chegar em casa um pouco antes, decidi não esperar o transporte-escolar e voltar de ônibus, mesmo. O problema é que eram 6 horas da tarde, horário de pico e o meu busão tava demorando horrores. Depois de esperar uns 20 minutos, decidi pegar Cohatrac IV que, como todos sabem, é quase permanentemente lotado. Quando passo pela catraca, noto que tem uma mochila sentada em um dos bancos. Isso mesmo, uma mochila. O dono da bolsa estava em pé e a mochila lá, confortavelmente acomodada, ao contrário de bem umas 10 pessoas tentando se equilibrar da melhor maneira possível dentro de um coletivo lotado. Tudo bem, ele deveria ter um bom motivo pra fazer aquilo. Depois de uns 5 minutos, uma moça levanta e eu respiro aliviada "Não vou passar a viagem em pé". Triste engano. A passageira ao lado resolve imitar o meu amigão ali de cima e coloca também a sua bolsa sob o banco, ocupando o lugar vazio. Quero só saber se a bolsa dela pagou passagem, também. Era isso que eu devia ter perguntado a ela, sabe? Mas eu sou lerda demais. Certeza que a minha mãe perguntaria. Às vezes eu queria ser a minha mãe... ¬¬

Outra coisa altamente incômoda, são as pessoas que devem pensar que são caixas de som ou pic-ups de Djs. Falando sério, que bom que você acha o Silvano Sales ou o carinha que canta "Rebolation" os supra-sumos da música. Mas isso não quer dizer que todo um õnibus lotado também compartilhe da sua idéia. Por que esse povo não usa um bendito fone-de-ouvido? Tão simples... Eu confesso que as vezes eu também quero mostrar pra todo mundo o quanto Red Hot Chili Peppers ou Linkin Park são simplesmente demais! O problema é que a pessoa do lado pode gostar de Ivete Sangalo, Calcinha Preta ou achar as bandas que eu gosto simplemeste umas bostas. Problema meu e problema dela, né? A coitadinha não é obrigada a ficar escutando as músicas que EU gosto a viagem inteira.

Acho que o mundo seria muito mais legal se as pessoas finalmente entendessem aquele velho ditado "O meu direito termina onde começa o do outro". Simples assim...

Agora eu vou dormir, porque a minha irmã tá ouvindo Enya e isso tá me deixando com cada vez mais sono... Beijocas!

p.s: Iris - Goo Goo Dolls

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Finalmente bem. Depois desses últimos posts um tanto quanto tristes, eu estou legal novamente. O tipo "conforme-se",'siga em frente", "veja o copo meio-cheio". Ora, as coisas não estão tão ruins assim, né? ;D

Ontem o dia foi perfeito. O céu parecia tão mais azul, as árvores tão verdinhas, acho que tinha até um passarinho cantando na minha janela! (tá, mentira, não tinha não) Alguém finalmente gostou da dissertação que eu escrevi e eu pude dormir a tarde praticamente toda. Tudo bem do jeito que os inocentes e as pessoas sentimentais fazem =) Tá vendo? Um dia feliz! Ah, ainda teve outra coisa: morando em uma ilha, é comum ver o mar o tempo todo, mas ontem foi diferente. Ainda que fosse pela janela do ônibus, eu senti o mar. O cheiro do mar, a brisa do mar, o barulho do mar. Pequenas coisas que você vê todo dia e, de tanto que tem, dificilmente pára pra prestar atenção nelas.

p.s¹: quem ou o quê é o seu "mar" de hoje? Já parou pra pensar? ;)

p.s²: Scar Tissue - Red Hot Chili Peppers

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Eu não gosto de me sentir patética (quem gosta?). Mas é assim que eu tenho me sentido, ultimamente. Em todos os sentidos. Como filha, como namorada, como amiga,como irmã, como tudo. Acho que tem um "LOSER" estampado na minha testa. Queria mesmo era tirar férias de tudo, de tudo mesmo. Ficar só comigo, ser "auto-feliz". Ter a sua felicidade dependendo dos outros pode ser até pior do que ser infeliz. E eu que pensei que não ia mais chorar, vi as minhas lágrimas encharcando meu rosto mais uma vez.

Como diria alguém, "Lá vem a problemática..."

domingo, 22 de agosto de 2010

Estas alegrias violentas, têm fins violentos
Falecendo no triunfo, como fogo e pólvora
Que num beijo se consomem.
Quem dera que só as minhas alegrias fossem violentas. Tristezas também o são. Mas elas são bem mais espertas que as "alegrias". Ficam à espreita, esperam o melhor momento para atacar, esperam a hora que poderá garantir o maior grau de infelicidade possível.
Talvez eu não devesse nem dizer "tristeza", não é bem assim. É mais um estado de dormência, algo como uma anestesia. Eu sei que está doendo e sei que vai doer ainda mais, mas não consigo sentir a "dor" em si. Eu vejo um filme que passa e a protagonista está mais para coadjuvante da própria história. "Meu destino sou eu quem faço"! E quando eu não puder fazê-lo? E se o meu destino depender do teu?
Eu não me conheço.Não mesmo. Acabei de perceber isso. Eu não posso usar todos os conceitos que construí pra mim. De que eles valem se nem eu mesma os sigo? Não consigo, não quero esquecer. Eu tento, mas não posso relevar o sentimento de vergonha, de impotência, de... uso. Eu não estou aqui pra test-drive, não tenho vocação pra"ratinho de laboratório".
Eu sinto que sei que sou um tanto bem MAIOR!

Outra bobagem. Quem liga? A gente nem sempre pode dar à nossa vida o rumo que quer. Mas eu não vou me preocupar não. Se nada está em minhas mãos, se nada depende de mim, de que adianta chorar, sofrer, esperniar? O problema não é comigo e eu tenho a certeza de que até onde eu conseguir chegar, vai ser bem legal. Legal não. Vai ser ótimo.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A contrAgosto

Agosto. Alguns diriam que foi Agosto... Eu prefiro acreditar na capacidade humana de estragar tudo, mesmo. Caracas, é só um mês como qualquer outro. Assim, e daí que tá sendo o pior mês do ano todo? E daí que eu já briguei com a mesma pessoa duas vezes na mesma semana? E daí que eu já pensei em largar tudo umas 5oo vezes num período de 14 dias? E daí que eu descobri que todo dia é segunda-feira e que a minha coluna vertebral é imperialista(ultimamente tem sido ou ela ou eu. Ela resolveu me matar aos poucos, um bocadinho toda manhã)? E daí que eu tive as piores cólicas de todo o ano? E daí que o meu computador "deu pau" pela sexta vez em um intervalo de tempo de 8 meses? E eu nem vou falar que ele tinha TRÊS GB de memória e uma placa mãe que não tem 90 dias de uso. É só um mês. Não é culpa de Agosto. Não, não é. Eu não acredito nessas coisas. Não mesmo.
Entretanto, até segunda ordem, eu ODEIO Agosto.

A contrAgosto

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Escola. O primeiro dia do começo do fim do ensino médio. Soa um tanto dramático, né? Pela primeira vez eu não estou ansiosa, não estou com medo, não senti aquele friozinho na barriga. Sinceramente, parece que as minhas férias foram um final-de-semana =T

Mas tudo bem, vamos lá, vamos acabar logo com isso.

"Ei, menina, vem, levanta! Enfeita o cabelo, põe chinelo de dedo, põe bermuda branca e sai pra ver o sol."



Eu vi, eu vi, eu vi! Eu vi a minha estrela cadente, ontem... Bem, eu fiz o meu pedido, embora eu saiba que "só você mesmo pra me trazer o que já é meu". Espero que aquela estrela saiba nadar, espero que ela vire uma estrela-do-mar...

P.S: viu só? Mesmo longe, ainda podemos estar juntos... Te perdôo por não ter feito um pedido. Fica bem, eu fiz por nós dois ;)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

If I could touch the stars


Eu queria postar alguma coisa no blog, só não sabia o quê. Fiquei procurando entre os milhares de textos inacabados que perambulam pela minha pasta de documentos algum que pudesse ter a honra (ou não) de ser finalizado. Achei um sobre certo sonho que tive com estrelas cadentes. Parecia bem interessante e eu realmente queria terminá-lo, mas a preguiça bateu e eu desisti. Até que... uma pessoa legal me mandou um texto legal que falava sobre estrelas legais =)

Postarei o texto que me enviaram e o que eu escrevi (nota: sim, vou postar inacabado mesmo u.u)

Arthur lhe enviou uma mensagem:

Assunto: Uma estrela que se chamava...

"Sabe... Uma vez em uma das vigílias que faço todas as noites, do quintal da minha casa eu dei conta de todas as estrelas... Certa vez eu dei falta de umas delas... Cadê a “!” estrela que tava ali? Acredita que era uma estrela cadente e eu tive 5 segundos para fazer a minha prece e fiz... Eu fechei os olhos e fiz, e enquanto estava de olhos fechados comecei a imaginar os meus sonhos acordando, eu imaginava a esperança batendo na porta da minha casa e enquanto estava de olhos fechados a estrela caía... Perdeu sua luz no fundo do mar... E eu? Eu sigo só... Só me resta esperar... Eu faço vigílias todos os dias, do telhado da minha casa eu dou conta de todas as ondas e sempre torço para que uma delas saia do lugar, para que eu possa ver brilhos de luz no fundo do mar... Estrela a brilhar, sonhos a sorrir... Milagres acontecendo... Esperança de pé!
...
Mas não... Mas não há de ser nada, pois sei que a madrugada acaba quando a lua se Poe... A estrela que escolhi não cumpriu com meu pedido, pois ela caiu no mar e se apagou, se ela souber nadar... Faça-me o favor
...
Eu cheguei até a dar um nome a essa estrela... Chamei-a de Mariana, e eu queria que ela... Não importa onde essa estrela esteja
...
Brilhe sempre onde estiver e que tenha uma ótima semana. :D
...
O milagre que esperei nunca me aconteceu... Quem sabe só você pra trazer o que já é meu.

(O Teatro Mágico - Vigília)"

Do Arthur, de Roraima. Uma pessoa rara.

O texto inacabado:

Chega uma certa idade em que você precisa pagar o preço de ter dois cromossomos sexuais “x”. E eu pago um preço bem alto, na minha opinião. Noite passada eu não consegui dormir. Fiquei até umas três horas da manhã grudada num fone de ouvido, torcendo pra que, de algum modo, a música levasse a dor embora. Não levou, mas o cansaço foi maior e eu finalmente pude dormir um pouco. A parte realmente legal de tudo isso foi o sonho. Sonhei com estrelas, estrelas cadentes. Eu adoro estrelas e todas as histórias que se referem a elas, acho que já deve ter dado pra perceber. Mas eu nunca tinha sonhado com elas antes, e dessa vez foi diferente... Cada uma caía deixando um rastro colorido, quase como fogos-de-artifício. Tão lindas... Lembro que alguém estava ao meu lado e a gente brincava de fazer desejos, mas eu não consigo recordar quem era. Só lembro de estar deitada no chão, olhando para o céu, inebriada pelo ballet de cores. Enfim, como tudo tem um fim, o sonho acabou.

Mas eu ainda posso fazer as minhas próprias estrelas...

sábado, 17 de julho de 2010

Em 12 horas

Hora de dormir. Sem MSN e sem ouvir a voz “dele” um pouquinho, é bem verdade, mas com um SMS de boa-noite. Vou dormir meio embriagada de coca-cola. Já perdi as contas de quantas vezes prometi que ia parar, que ia largar a bebida, que ia procurar algo que me ajudasse na reabilitação [quem sabe uma versão anti-cocacólica daquelas tornozeleiras anti-álcool que a Lindsay Lohan tem? Ótima idéia...], mas não adianta, a “maldita” não me larga!

Recuso a minha cama, é fria demais. Corro pra cama da mãe. Coisa boa é cama de mãe... tá sempre quentinho lá. Me abraço com ela, não dando a mínima se eu não caibo mais naquele abraço. Tento me encolher na mesma posição em que eu ficava na barriga dela [lembra, mãe? Como era mesmo?], sem muito resultado. Num último esforço de encaixe, bato a testa no espelho da cama. “Ai meu chifreeee!” reclamo. “Cruz credo, minha filha! Nessa fase ainda não tem chifre não...”. Boa, mãe! Valeu pelo consolo; bem mais tranqüila, agora. Fico ruminando o “nessa fase”. Desisto e prefiro a solteirice da minha cama.

Me agarro ao urso polar com nome de fruta verde que agora fica por ali, lutando bravamente contra a minha sinusite alérgica e contra a minha TPM emo. Depois de reler pela 1.354.987ª vez todas as 296 mensagens da caixa de entrada do meu celular, adormeço. Sonho com escola, com provas e com piscina [sei lá, nem eu entendi...]. Às 10 da manhã, abro os olhos e corro pro celular. Não, não tem nenhuma mensagem de “bom-dia”. “ok, ele ainda não acordou”. Dez e meia... Dez e quarenta... Dez e quarenta e quatro... “me recuso a receber outro ‘bom-dia’ que não seja o teu! Só levanto daqui quando aparecer a 297ª mensagem!”. Meio-dia eu abro mão da birra e resolvo ir tomar café-da-manhã.

Ligo o computador e corro pro MSN. Ninguém interessante on-line... “Grandes merdas"[outra coisa que eu deveria parar de fazer/falar, mas quem liga?]. Visito o blog de um escritor gaúcho, cafeinado e com intenções de feminólogo. Percebo que estou paquerando ele cada dia mais. Sobre mim: não raro eu me apaixono por escritores. Pior pra mim, né? Tem idéia da dificuldade de encontrar um homem que escreva (BEM), nesse Brasil? A maioria já morreu ou me lembraria o meu avô. Cogito a hipótese de mandar um e-mail pra ele. Esqueço logo em seguida. Quando eu tiver 23 anos eu faço isso.

Descubro que odeio Legião Urbana. Quero dizer, a nossa relação passou da fase “amor eterno e incondicional” pra fase “entre tapas e beijos”, digna de música setaneja. Adoro quando ele canta “então me abraça forte e me diz mais uma vez que já estamos distantes de tudo” ou quando, de cima de uma nuvem de metal, me consola dizendo que “a nossa história não ficará pelo avesso, assim, sem final feliz. Teremos coisas bonitas pra contar...”; mas o odeio de todo o meu fígado quando ele conta que “é só você que tem a cura pro meu vício de insistir nessa saudade que eu sinto de tudo o que eu ainda não vi”. Remédio pra essas coisas deveria vender em farmácia....

Ah, ligue 0XX(98)2010 1504 010 e doe R$10,00 para a campanha “Ajude uma adolescente a se ver livre da Coca-cola”. Prometo que não usarei o dinheiro pra comprar qualquer outro tipo de refrigerante, ou de água gaseificada com ki-suki.

P.S: a menos que você seja sádico, não ouça “Linger” em períodos de fossa amorosa.

Faça sua própria estrela de papel =)


sexta-feira, 9 de julho de 2010

domingo, 4 de julho de 2010

Você sabe que é para você...

"Nós, mulheres, sabemos ser más quando queremos... Eu tenho que concordar com você, meu amigo... Mas eu não queria que fosse assim. Queria ser simples, queria não ter TPM, queria não ficar triste se “ele” não ligou ainda, queria não machucar nem fazer com que sintam culpa. Eu vou me ajeitar, prometo."

Lembro quando você foi me esperar na parada de ônibus onde eu descia; a cabeça cheia de planos, o olhar esperançoso. O que eu fiz? Não fui pra casa. Preferi ficar na escola, “quebrando o galho” de um amigo, corrigindo trabalhos idiotas de Gramática. E quando você me ligou e contou o acontecido? Eu ri. Disse que você era lerdo por não ter me ligado antes e avisado sobre o seu intento.

ѼRodrigo Walker: isso não foi bonito, sua terrorista! Coitado... Agora eu sinto que tenho que comprar um bombom pra ele...

[Eu ainda dou um para ele, Rodrigo, prometo. Quando aconteceu comigo, pelo menos eu ganhei um refrigerante. É, ele bonzinho demais comigo...].

Mas então tu disseste que era p’ra ter sido surpresa e eu soltei uma tímida lamentação “Você sabe o quanto eu queria ter voltado p’ra casa mais cedo... Queria muito poder te ver...”. Acho que você deve ter ficado feliz com isso, porque comprou o livro que eu queria há um tempão e me chamou de “Meu Anjo” pela primeira vez...

ѼRodrigo Walker: tá vendo? a gente se lasca muito por vocês... e vocês nem...

[Não é verdade. Viu só como eu guardo todos os detalhes, até os mais bestas? Eu não sou tão má assim...]

ѼRodrigo Walker: sei... terroristas...

[Rodrigo, para de atrapalhar meu post, dá pra ser ou tá difícil? Tentando escrever uma coisa romântica e tu me atrapalhando!]

Eu guardo cada beijo na testa, cada conversa no MSN, cada momento como se fossem meus maiores tesouros. E vai ver até são... Guardo o buquê de flores de canudinho, guardo os teus braços na minha cintura, guardo o cata-vento que, lá de cima, espiava o nosso beijo, guardo o embrulho do ovo de páscoa, guardo até o papelzinho do restaurante que dizia o que eu comi no nosso primeiro almoço juntos!

Mas alguém me disse que garotas são más e eu não pude me conter. Tive que te perguntar se eu fui má contigo, se eu te fiz sofrer, se eu te machuquei. Você jurou que não e disse que tinha sorte de me ter ao teu lado...

ѼRodrigo Walker: somos bonzinhos

=DDD

Principalmente ele, que é um hobbit

[Rodrigo, vê se dorme, ok?]

Lembra da caixinha de estrelas? Pois é, eu mesma peguei cada uma delas para dar a você. Na verdade, elas já eram tuas. São as mesmas estrelas que eu encontrei no céu da tua boca (perdoe o lugar-comum, eu não encontrei uma forma melhor para dizer a verdade), as mesmas que eu encontrei no teu sorriso, as mesmas que eu vi nos teus olhos, as mesmas que um dia tu me deste quando me ensinou a crescer e a ser mais mulher. Eu virei uma colecionadora-caçadora de estrelas. Das tuas estrelas.

Vai ver eu sou o teu vício. E você não consegue perceber a tempestade à qual eu te levo porque está bem no olho do furacão. Lá, tudo é calma, mas a verdade é que, do lado de fora, as coisas são/estão bem cruéis.

De minha parte, eu já aceitei. Você é o meu vício. O maior de todos os vícios terrenos, que fique claro. Mas eu já não me importo com a tua tempestade. Eu sei que estou segura, ainda que me encontre no olho do furacão, pois mesmo que lá fora o mundo se acabe com um grande meteoro destruindo toda a existência terrestre – ou apenas o parquinho onde tu brincavas quando era criança -, eu sei que vou ficar bem. Eu tenho a tua certeza.

Lembra do nosso segredo, do nosso acordo de “amor-perfeito”? Você e eu e Ele e Ela. Sabemos que o nosso amor não se resume a nós dois, pois o teu olhar e o meu olhar não foram feitos para se encontrarem e pararem em si próprios. Eles se encontraram e decidiram que iriam seguir juntos em direção ao NOSSO vício. Aquele que É e sempre Será.

E eu não me importo de ser a boba mais feliz do mundo!


quarta-feira, 19 de maio de 2010

H.I.P.O.C.R.I.S.I.A


“Você é minha melhor amiga”

Mentira

“Estarei pra sempre ao seu lado”

MENTIRA

“Eu te amo”

MEN-TI-RA!

Mas que droga! Será que dava pra acabar com toda essa hipocrisia sentimental? Será que é mesmo preciso iludir tanto uma pessoa só pra fazê-la confiar em você? E eu aqui me martirizando por me recusar a acreditar... Não sou sua melhor amiga, você não estará sempre ao meu lado e tampouco me ama. Sempre tive muito medo de dizer “eu te amo”, de dizer “pra sempre” a alguém, pois já vi muitos o fazerem e não conseguirem honrar suas promessas. Não quero ludibriar ninguém com minhas palavras, então eu peço que faças o mesmo comigo. Tenha o mesmo tipo de respeito comigo

(bobagem, Mariana. Não podes exigir que te tratem da mesma forma que você os trata. Tu não podes controlar a mente dos outros. Contenta-te em construir barreiras que te guardem)

O que você entende por “melhor”? Eu entendo que seja algo único, superior, a 1ª opção, algo que, dentre todos as outras coisas, seja o que é de maior valor. Ei cara, não sei se te avisaram, mas se você usa essa palavrinha acompanhada da estrutura “tu é”, assim, na 2ª pessoa do SINGULAR (!!!) não dá pra ficar dizendo isso pra 15 ou 20 pessoas diferentes.

Agora que eu já desabafei, apresento-vos meu paradoxo: e se eu não acreditar? A resposta é simples: fu#@!* tudo. Eu preciso crer em algo, acreditar que realmente alguém sinta minha falta, acreditar que sou a 1ª opção de uma pessoa, principalmente quando eu sei que NÃO sou isso tudo de ninguém. Emo? Vá lá, todo mundo tem um momento emo-adolescente-idiota.

De agora em diante, me comprometo em crescer. Eu preciso acreditar? Escolherei algo em que acreditar piamente. Quanto ao resto, eu fingirei apenas para satisfazer minhas próprias necessidades. E quando tu me disseres tudo isso, crendo que eu estou engolindo essa conversa, te farei ter certeza que eu estou engolindo. Quem será o maior enganado?

Dedico especialmente aos passados e a um(uns) poucos presentes