terça-feira, 31 de agosto de 2010

Se a gente for realmente reparar em como as pessoas vivem em sociedade, vai chegar à conclusão de que só faltava um pouquiiiinho de nada pra tal da "sociedade" ir pro beleléu! Coisas aparentemene simples e cotidianas, como pegar ônibus ou ir ao supermercado podem mostrar situações bastante reveladoras sobre a índole humana. Basta que voce mantenha os olhos bem abertos e veja.

Hoje eu fui ao supermercado com a minha mãe. Enquanto estávamos na fila do caixa, percebo um certo barulho na fila ao lado. Um senhor gritava e gesticulava, reclamando que a senhora que estava atrás dele havia o olhado com "cara feia". Segundo a interpretaçao dele, o olhar dela era como se questionasse o direito do dito-cujo estar na fila especial. A criatura achou por bem que todos no supermercado soubessem a idade dele, todos os problemas de saúde que tinha e, no auge da inflamação, ofereceu até mesmo a sua carteira de identidade para que não restasse nenhuma dúvida sobre o seu discurso. Pombas!

E um outro rapaz - ainda no supermercado? Quando entro no corredor de cosméticos, dou de cara com um moço empurrando um carrinho entulhado de sacolas plásticas, daquelas que a gente usa pra botar frutas e verduras. O homenzinho simplesmente empacotou individualmente cada uma de suas compras. Ou seja, se ele comprou um pacote de miojo, ele colocou em um saco. Se ele comprou uma pacote de biscoito, um saco de feijão, outro de arroz, um vidro de shampoo e uma caixa de cotonetes, cada um mereceu uma sacola plástica especialmente para si. Sinceramente, acho que ele queria mesmo era os sacos plásticos. Tipo, a comida e as outras coisas vieram de brinde, saca? ¬¬

O pior mesmo é o povo sem noção dentro dos ônibus. Na segunda-feira eu tive simulado na escola. Dessa forma, eu pude sair mais cedo e, na tentativa de chegar em casa um pouco antes, decidi não esperar o transporte-escolar e voltar de ônibus, mesmo. O problema é que eram 6 horas da tarde, horário de pico e o meu busão tava demorando horrores. Depois de esperar uns 20 minutos, decidi pegar Cohatrac IV que, como todos sabem, é quase permanentemente lotado. Quando passo pela catraca, noto que tem uma mochila sentada em um dos bancos. Isso mesmo, uma mochila. O dono da bolsa estava em pé e a mochila lá, confortavelmente acomodada, ao contrário de bem umas 10 pessoas tentando se equilibrar da melhor maneira possível dentro de um coletivo lotado. Tudo bem, ele deveria ter um bom motivo pra fazer aquilo. Depois de uns 5 minutos, uma moça levanta e eu respiro aliviada "Não vou passar a viagem em pé". Triste engano. A passageira ao lado resolve imitar o meu amigão ali de cima e coloca também a sua bolsa sob o banco, ocupando o lugar vazio. Quero só saber se a bolsa dela pagou passagem, também. Era isso que eu devia ter perguntado a ela, sabe? Mas eu sou lerda demais. Certeza que a minha mãe perguntaria. Às vezes eu queria ser a minha mãe... ¬¬

Outra coisa altamente incômoda, são as pessoas que devem pensar que são caixas de som ou pic-ups de Djs. Falando sério, que bom que você acha o Silvano Sales ou o carinha que canta "Rebolation" os supra-sumos da música. Mas isso não quer dizer que todo um õnibus lotado também compartilhe da sua idéia. Por que esse povo não usa um bendito fone-de-ouvido? Tão simples... Eu confesso que as vezes eu também quero mostrar pra todo mundo o quanto Red Hot Chili Peppers ou Linkin Park são simplesmente demais! O problema é que a pessoa do lado pode gostar de Ivete Sangalo, Calcinha Preta ou achar as bandas que eu gosto simplemeste umas bostas. Problema meu e problema dela, né? A coitadinha não é obrigada a ficar escutando as músicas que EU gosto a viagem inteira.

Acho que o mundo seria muito mais legal se as pessoas finalmente entendessem aquele velho ditado "O meu direito termina onde começa o do outro". Simples assim...

Agora eu vou dormir, porque a minha irmã tá ouvindo Enya e isso tá me deixando com cada vez mais sono... Beijocas!

p.s: Iris - Goo Goo Dolls

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Finalmente bem. Depois desses últimos posts um tanto quanto tristes, eu estou legal novamente. O tipo "conforme-se",'siga em frente", "veja o copo meio-cheio". Ora, as coisas não estão tão ruins assim, né? ;D

Ontem o dia foi perfeito. O céu parecia tão mais azul, as árvores tão verdinhas, acho que tinha até um passarinho cantando na minha janela! (tá, mentira, não tinha não) Alguém finalmente gostou da dissertação que eu escrevi e eu pude dormir a tarde praticamente toda. Tudo bem do jeito que os inocentes e as pessoas sentimentais fazem =) Tá vendo? Um dia feliz! Ah, ainda teve outra coisa: morando em uma ilha, é comum ver o mar o tempo todo, mas ontem foi diferente. Ainda que fosse pela janela do ônibus, eu senti o mar. O cheiro do mar, a brisa do mar, o barulho do mar. Pequenas coisas que você vê todo dia e, de tanto que tem, dificilmente pára pra prestar atenção nelas.

p.s¹: quem ou o quê é o seu "mar" de hoje? Já parou pra pensar? ;)

p.s²: Scar Tissue - Red Hot Chili Peppers

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Eu não gosto de me sentir patética (quem gosta?). Mas é assim que eu tenho me sentido, ultimamente. Em todos os sentidos. Como filha, como namorada, como amiga,como irmã, como tudo. Acho que tem um "LOSER" estampado na minha testa. Queria mesmo era tirar férias de tudo, de tudo mesmo. Ficar só comigo, ser "auto-feliz". Ter a sua felicidade dependendo dos outros pode ser até pior do que ser infeliz. E eu que pensei que não ia mais chorar, vi as minhas lágrimas encharcando meu rosto mais uma vez.

Como diria alguém, "Lá vem a problemática..."

domingo, 22 de agosto de 2010

Estas alegrias violentas, têm fins violentos
Falecendo no triunfo, como fogo e pólvora
Que num beijo se consomem.
Quem dera que só as minhas alegrias fossem violentas. Tristezas também o são. Mas elas são bem mais espertas que as "alegrias". Ficam à espreita, esperam o melhor momento para atacar, esperam a hora que poderá garantir o maior grau de infelicidade possível.
Talvez eu não devesse nem dizer "tristeza", não é bem assim. É mais um estado de dormência, algo como uma anestesia. Eu sei que está doendo e sei que vai doer ainda mais, mas não consigo sentir a "dor" em si. Eu vejo um filme que passa e a protagonista está mais para coadjuvante da própria história. "Meu destino sou eu quem faço"! E quando eu não puder fazê-lo? E se o meu destino depender do teu?
Eu não me conheço.Não mesmo. Acabei de perceber isso. Eu não posso usar todos os conceitos que construí pra mim. De que eles valem se nem eu mesma os sigo? Não consigo, não quero esquecer. Eu tento, mas não posso relevar o sentimento de vergonha, de impotência, de... uso. Eu não estou aqui pra test-drive, não tenho vocação pra"ratinho de laboratório".
Eu sinto que sei que sou um tanto bem MAIOR!

Outra bobagem. Quem liga? A gente nem sempre pode dar à nossa vida o rumo que quer. Mas eu não vou me preocupar não. Se nada está em minhas mãos, se nada depende de mim, de que adianta chorar, sofrer, esperniar? O problema não é comigo e eu tenho a certeza de que até onde eu conseguir chegar, vai ser bem legal. Legal não. Vai ser ótimo.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A contrAgosto

Agosto. Alguns diriam que foi Agosto... Eu prefiro acreditar na capacidade humana de estragar tudo, mesmo. Caracas, é só um mês como qualquer outro. Assim, e daí que tá sendo o pior mês do ano todo? E daí que eu já briguei com a mesma pessoa duas vezes na mesma semana? E daí que eu já pensei em largar tudo umas 5oo vezes num período de 14 dias? E daí que eu descobri que todo dia é segunda-feira e que a minha coluna vertebral é imperialista(ultimamente tem sido ou ela ou eu. Ela resolveu me matar aos poucos, um bocadinho toda manhã)? E daí que eu tive as piores cólicas de todo o ano? E daí que o meu computador "deu pau" pela sexta vez em um intervalo de tempo de 8 meses? E eu nem vou falar que ele tinha TRÊS GB de memória e uma placa mãe que não tem 90 dias de uso. É só um mês. Não é culpa de Agosto. Não, não é. Eu não acredito nessas coisas. Não mesmo.
Entretanto, até segunda ordem, eu ODEIO Agosto.

A contrAgosto

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Escola. O primeiro dia do começo do fim do ensino médio. Soa um tanto dramático, né? Pela primeira vez eu não estou ansiosa, não estou com medo, não senti aquele friozinho na barriga. Sinceramente, parece que as minhas férias foram um final-de-semana =T

Mas tudo bem, vamos lá, vamos acabar logo com isso.

"Ei, menina, vem, levanta! Enfeita o cabelo, põe chinelo de dedo, põe bermuda branca e sai pra ver o sol."



Eu vi, eu vi, eu vi! Eu vi a minha estrela cadente, ontem... Bem, eu fiz o meu pedido, embora eu saiba que "só você mesmo pra me trazer o que já é meu". Espero que aquela estrela saiba nadar, espero que ela vire uma estrela-do-mar...

P.S: viu só? Mesmo longe, ainda podemos estar juntos... Te perdôo por não ter feito um pedido. Fica bem, eu fiz por nós dois ;)