sábado, 8 de janeiro de 2011

Eu entro em pânico


Sabe aquele programa dominical que faz o maior sucesso entre os “jovens” de hoje? Aquele, com algumas poucas tiradas boas, algumas muitas piadas toscas, e algumas toneladas de mulheres faltando explodir de tanto silicone? Pois é. Além de encher a cabecinha de pré-adolescentes e adolescentes aspirantes a bestinhas com bordões sem sentido ( “aaaaah muleeeeeke!”) e realizar a intrépida tarefa de propagar “cultura-lixo” (ou alguém aí ainda agüenta ouvir Papanamericano?), a trupe domingueira sofreu metástase e hoje estampa sua “idiotologia” – tô falando, o Houaiss tem que me contratar – em camisetas por aí. Legal, né? Não.

Passa um cara e eu leio: “GG” – setinha apontando pro baixo ventre. “Ah, agooora siiim me senti tentada a compartilhar gametas com você’. Fala sério, companheiro, pra precisar de tanta propaganda e alarde assim, o negoço só pode ser deste tamanhicozinho, ó! Passa outro, “Faça sexo com segurança”, vira de costas, “Segurança”. “Hhahahahhahahaha morri de rir. Dá licença que vou binlí um minutinho , ok? Retardado”. Lá vem mais outro, gente: “Salva lindas”. “Aaaaai que filho ingrato! Quer dizer então que tu deixaria a própria mãe se afogar? Tsc tsc tsc.”

Se eu vejo um guri de dez anos usando uma coisa dessas, eu penso “É, né, gente, tadinho. Nunca pegou uma mulher...”. Se eu vejo um moleque de 18 anos usando uma coisa dessas, eu penso “Credo, ecate, esse aí só deve pensar em pegar mulher.”. Mas se eu vejo um cara de mais de quarenta usando uma coisa dessas, aí o caso é sério – “Socoooorro, vovó, um pedófilo!”. Ou pior! Um tiozão querendo pegar menininha. Esses, meu bem, nem God salva.

Quando, quaaaaando, pelo amor de Dadá, os humanóides vão se tocar que este tipo de vestimenta só serve pra identificar um grupo de pessoas: os que apresentam a necessidade – quase que patológica – de serem identificados. Essas camisetas têm toda razão em serem do “Pânico”. Eu mesma entro em pânico e saio correndo quando vejo um troço desses. Então, meninos – e meninas, porque eu sei que agora tem uma linha feminina, também – fiquem alerta e tomem cuidado. Se você é bestinha, pelo menos não saia alardeando isso pra quem puder ver, ok?

p.s: se você é da “Família Pânico”, eu tenho twitter. Vai, me xinga muuuito, quem sabe eu vire Trending Topic!

p.s 2: “Este é um blog independente e todo o conteúdo apresentado é de responsabilidade de seus idealizadores”. Ok? Então se você usa camiseta do Pânico e não é bestinha, parabéns. Mas eu vou pensar que é. E você não deve se importar com a minha opinião, veja bem.

p.s 3: Eu odeio a palavra “pegar” quando usada no sentido exposto no texto. Mas convenhamos, “namorar”, “paquerar”, não combinavam. Homem que namora mulher não chega com “SEXO” estampado no peito. Ou você, menina, apresentaria pro seu pai alguém vestido assim?

p.s 4: e não se iluda. Você não vai parecer diferente da manada ao usar uma camisa “engraçada” dessas. Vai ser só mais um dos milhares de “uns” que tiveram a mesma idéia que você. Acorda, um zilhão de gente tem camisetas iguaizinhas a esta, vissse?

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