terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Cansaço

Eu me sinto cansada. Cansada de escrever, ler sobre as mesmas coisas, pessoas. Não é exatamente minha culpa se só consigo pensar no mesmo assunto. Mesmo assim estou tentando me curar. Os livros? Aqueles que falavam de amor eu deixei num canto da estante; a conversa agora é com Maquiavel - veremos a quantas anda minha capacidade de dominação, meu negócio é a guerra. As músicas? Que o Moska vá tirar umas férias em Vênus e procure curar a sua dor de cotovelo, que eu vou atrás é de um rock "bate cabeça". Aqui, um pequeno "p.s": se o Led Zeppelin, com um Robert Plant descamisado e descabelado, vem cantar uma cançãozinha água com açúcar de saudades "dela", aí não é mais minha responsabilidade.

Ao que parece todos estão à procura de um amor, uma paixão, alguém pra aquecer estes dias frios de janeiro, já que não tiveram com quem apreciar as luas de dezembro. E eu estou tão cansada disso... Antes que me chamem de desalmada, não falei que eu também não queira. Estou cansada justamente disso, de querer. Queria mesmo era não querer, entende? Ah se eu pudesse dormir, dormir por um bom tempo, acordar novinha em folha, pronta para me sentir saciada comigo mesma. Humhum, era isso o que eu queria de verdade.

Tu consegues entender? O meu coração agora quer paz, calmaria; já faz três meses que o expediente é dobrado e ele vara a madrugada fazendo hora extra, que é pra ter mais tempo de procurar sentir um você que não vem mais. Estou cansada, mas não é o cansaço dos que desistiram, "cansei de você!", é aquele cansaço dos que já não aguentam mais andar, mesmo querendo muito continuar. Não, eu não joguei a toalha, mas peço um tempo técnico.

Ainda não entendi o porquê de tudo o que aconteceu, nem sei se algum dia vou entender. Pra mim, não houve motivos. Pra mim, né? Mas eu sei que amadureci, por isso não quero mais mentir nem pra mim nem pra ninguém: não, eu não estou bem. Agora eu sei quanto vale um "eu te amo" preso na garganta, um carinho amarrado nos braços, um olhar que não tem retorno, um pensamento que não é recíproco. Vale tanto quanto machuca. Agora só resta descobrir quanto vale engolir o orgulho e se entregar por inteiro. Destruir por vontade as próprias barreiras e se assumir o vencido.

Esta novela, amor, está perto do fim. Se vai ser feliz ou não, não faço idéia. Mas todos concordam: sim, está perto do fim. Tem que estar...

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